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O Brás das Fêmeas

A voz do povo dizia que na zona de Brasfemes existia uma quinta, cujo dono se chamava Brás.

O senhor Brás era casado e tinha várias filhas. Por vezes organizava bailaricos para que elas se divertissem.

Os rapazes da região afluíam, entusiasmados, à quinta para fazer a corte às belas filhas do senhor Brás.

Diziam uns para os outros:

- Vamos às terras do Brás, ver as lindas fêmeas que ele lá tem!

Os anos correram e o senhor passou a ser conhecido pelo Brás das Fêmeas.

Este epíteto passou a dar o nome às terras que ocupava e assim se formou o vocábulo Brásfemeas, que evoluiu para Brásfemes e finalmente Brasfemes, tal como hoje é conhecido o topónimo.

Diz a lenda que foram as bonitas filhas do Brás que deram o nome à nossa terra.

Por isso em Brasfemes existem raparigas tão vistosas.

 

 

Texto gentilmente cedido Por Vitor Jorge http://brasfemense.no.sapo.pt/

 

As terras de Abrahão

Os antigos falavam que as terras deste termo, de origem muito remota, pertenciam ao Mosteiro de Lorvão e foram dadas de arrendamento a um servo chamado Abrahão (escrevia-se com agá no meio). Este construiu o seu casal aqui, em Trás da Torre.As rendas eram registadas no livro das contas do Mosteiro como sendo as terras de Abrahemas (do Abrahão que as amanhava).Ao ser copiado para os livros, por um frade menos entendido, o nome das terras, ele transformou o h em f e então passaram a designar-se Abrafemas.Com o andar do tempo, este termo transformou-se no topónimo Brasfemes.

Texto gentilmente cedido Por Vitor Jorge http://brasfemense.no.sapo.pt/


A Toca da Moura

Na serra do Alhastro, para cá da serra de Além, conta a lenda que viveu uma moura.

Este sistema montanhoso, que divide a freguesia de Brasfemes das de Vilela e Souselas, é constituído por rocha sedimentar, propícia à formação de grutas, devido aos lençois de água subterrâneos que provocam alterações químicas nos calcários. A água da chuva, infiltrando-se através das fissuras, dá origem a cavidades subterrâneas mais ou menos espaçosas, também denominadas lapas. As águas que circulam nos terrenos calcários, por vezes voltam à superfície, daí que se formem pequenos cursos de água.

Confrontada com um buraco na serra, junto do qual emergiam umas fontes, a população chamou-lhe Toca da Moura. Ali habitava uma bela encantada, do tempo dos mouros. O buraco estreito exercia um fascínio nos rapazes da aldeia, que tentaram, ao longo dos tempos, explorá-lo. Segundo os seus relatos, a parca entrada da toca, que atravessavam  aninhados, abria-se depois numa larga galeria, com longas colunas e um lago, onde andavam de pé. Há quem fale também em bancos escavados na rocha.

Estas incursões nunca foram muito proveitosas, pois a grande maioria dos exploradores tinha receio do desconhecido e voltava para trás. No entanto, houve alguém mais ousado que, diz a voz do povo, teria chegado ao lado de cá, provando que a serra seria atravessada por  este vácuo subterrâneo.

As fontes surgiam mais abaixo do orifício. Eram águas de nascente, por vezes aproveitadas para o consumos das gentes das aldeias. Diziam que era muito boas e iam desaguar à ribeira que vinha da Quinta do Resmungão e dos campos de Rejágua.

A imaginação ocupa-se do resto e os relatos são tão diversos quanto misteriosos. Certezas, só aquela estranha abertura por explorar, hoje tapada pelo dono dos terrenos, e uma moura que herdámos do passado.

Quem sabe se este curioso pormenor do património oral brasfemense não advém do mesmo filão cultural e esta moura não foi inventada não só para mistificar a existência de tal fenda na rocha, mas também para explicar o facto de a nascente secar?

Teríamos que recuar muito tempo para sabê-lo.

Texto gentilmente cedido Por Vitor Jorge http://brasfemense.no.sapo.pt/

 

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